sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Rio de Janeiro continua lindo!

A cidade maravilhosa continuará a ser
O Rio de Janeiro a Dezembro, lindo
e ainda melhor será
quando tudo isso passar
e o seu povo voltar a caminhar...
sorrindo.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Mestria não se mendiga, se conquista...

Há muito tempo atrás ganhei de um amigo uma camisa com essa frase estampada ao lado do perfil do Mestre Bimba. Já não tenho mais essa camisa, mas a frase nunca mais saiu da minha cabeça...
Nesse último final de semana estive em Belo Horizonte, num grande evento da Cia Pernas pro Ar, junto a grandes amigos e num clima excelente. Na ocasião aconteceu a entrega da Corda Vermelha aos Mestres Boca de Peixe e Porquinho, um reconhecimento mais que merecido e que acrescenta muito à nossa Capoeira, pela qualidade pessoal e de trabalho dos mesmos. Reconhecimento mais que merecido pelo que fazem há muito, com seriedade e competência. Parabéns a toda a Cia. pela conquista que é de todos que lá cultivam e reverenciam a arte do jogo da Capoeira!!!
Em tempo: Aconteceu também a formatura do Jabuti! O mais novo professor de Capoeira de BH. Uma pessoa que merece todo o sucesso que vem conquistando.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sonhar é dom dos poetas!

Assim disse certa vez Paulo Carioca...
"Em Mangueira quando morre um poeta todos choram" dizia Nélson Cavaquinho...
"Não, ninguém faz samba só porque prefere... disse um outro Paulo em companhia de João Nogueira
e ele não fazia mesmo! Assim como nenhum dos "grandes" jamais fez, porque na verdade foram feitos por ele, para ele, e no limite há os que são o próprio!
Convivemos por tão pouco tempo, mas era como se fôssemos velhos conhecidos, como se aquela empatia fosse o resultado de anos de convivência. Assim era o Paulo, sorriso largo, olhar doce e voz macia, afetuoso e cativante. Amigo!
Passava despercebido em meio aos egos inflados e não se sentia menor. Estava em outra dimensão! A gente é que olhando de fora buscava comparar... mas como diz "outro Bamba": "Não havia nível para comparação!"
Já está fazendo falta...
Acredito que não haja exagero em ofertar a Você os versos que esse "outro Bamba" dedicou à Clara:
"...o infinito te acolheu
aqui na terra o sambista te aclama
apenas um adeus
não apagará um coração em chama!"

sábado, 13 de novembro de 2010

Capoeira e Educação

Esse foi o Grupo de trabalho de que participei no Encontro Pró-Capoeira no Rio no final do mês passado. Cheguei para a conversa muito motivado, mas passei batido... ora, o que é isso companheiro? Verdade. Aconteceu o seguinte: pensei que a discussão tomaria um rumo diferente, e como levo um pouco de tempo pra ordenar as idéias e a coisa aconteceu meio como um turbilhão de "colocações", "relatos", etc., saí do Encontro ainda com muitas perguntas na minha cabeça. Pra ser sincero, observando o que acontece em diversos eventos de que tenho participado - nos mais variados lugares e com os mais variados perfis - tenho notado como o microfone tem sido usado como "divã". O momento do uso da palavra pouco tem sido usado como espaço para provocar alguma reflexão, mas quase invariavelmente para levantar questões pessoais (longe de mim desvalorizar as particularidades de cada um) e quase sempre para um desabafo...
Perdemos uma excelente oportunidade de debater um tema fundamental levantado logo na primeira intervenção feita pelo Mestre Toni Vargas: - Queremos de fato entrar na escola que temos atualmente? Queremos de fato fazer parte desse modelo? A discussão não seguiu no rumo que eu esperava, mas também não adianta lamentar, afinal, eu também tomei uma posição cômoda: fiquei observando e tentando compreender o que se passava, pra me colocar de forma pertinente e não o fiz. Talvez eu tenha um pudor excessivo no momento de usar a palavra; detesto fazê-lo em vão e sempre me provocou calafrios a possibilidade de falar besteira. Paciência!
Bem, voltei agora há pouco de um evento promovido pelo curso de pós-graduação em História e Cultura Africana e Afro-brasileira, Participei de uma mesa onde dei um relato de minha experiência como capoeirista.  Como o pessoal era composto basicamente por educadores a conversa girou em torno desse tema e agora gostaria de falar um pouco sobre algumas idéias sobre as quais venho refletindo:
Voltei do encontro no Rio com a certeza de que a inserção da Capoeira na escola tem muito mais a ver com um desejo que nós capoeiristas temos de sermos aceitos e principalmente reconhecidos como educadores do que qualquer outra coisa. Então eu pergunto: -  O reconhecimento dos profissionais licenciados tem sido o suficiente para que eles exerçam de forma digna o seu trabalho? Será que ao reivindicar sistematicamente esse reconhecimento, nós não estamos nos esquecendo das questões legais que regem o sistema educacional e deixando de pensar em caminhos alternativos para a valorização do nosso trabalho?
A Capoeira foi reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil! Mas Ela não é um ente metafísico sobre o qual nós podemos apenas especular, muito pelo contrário, a Capoeira se manifesta através da nossa atuação e por esse motivo, o único meio de preservá-la, cultivá-la e promovê-la é fazendo isso através de nós capoeiristas. Conseguimos esse reconhecimento sem estarmos necessariamente inseridos no espaço escolar e podemos fazer muito mais, mesmo que não estejamos totalmente inseridos nele. Os espaços que ocupamos são espaços legítimos de EDUCAÇÃO! Nossas práticas são de fato e de direito, práticas pedagógicas de grande valor. Precisamos olhar com muito carinho para essa questão e formular rapidamente propostas que viabilizem a manutenção dos espaços exclusivos ou compartilhados onde a Capoeira se mantém viva.
Essa grande capacidade de adaptação que a Capoeira nos permite não pode se tornar uma via de mão única, sob o risco de no futuro a Capoeira estar sempre condicionada aos fatores que regem os espaços onde atuamos e de gerações futuras não saberem mais o que caracteriza uma legítima Escola de Capoeira!

domingo, 7 de novembro de 2010

Refletindo sobre a roda...

Já estou há muito tempo sem fazer rodas, e tenho sentido muita falta disso, afinal foram mais de duas décadas fazendo rodas regularmente e mantendo uma linha na condução desse trabalho. Não quero voltar aos motivos que me levaram a não realizar mais rodas, nem manter um trabalho tão ativo quanto antes, quero apenas definir minha situação e retomar essas atividades. Acredito que posso contribuir positivamente com o meu exemplo e experiência.
Que venha 2011.

Porque não te calas?

E não é que o Serra resolveu falar mal do Brasil na França?
Ele perdeu a noção do ridículo mesmo... dias após perder a eleição vai pro exterior e tenta desqualificar o governo e consequentemente a candidata vitoriosa. Que ele não sabe perder está muito claro, mas não imaginava que ele pudesse surtar: afinal de contas, não esperou nem um minuto pra refletir sobre o que aconteceu, não deu um tempo pra esfriar a cabeça, conversar com seus pares (acho que ele não se importa muito com o que eles pensam...) e organizar os pensamentos pra poder falar coisa com coisa. Ainda que tivesse razão, nesse momento as palavras dele nunca seriam recebidas de bom grado, afinal, seriam interpretadas como dor de cotovelo daquele que perdeu uma eleição... enfim... nem todo mundo aceita a idéia de que não dá mais...

A propósito; acredito que ele vai se candidatar (e ganhar) a presidência do Partido pra tentar pautar as ações da bancada em Brasília, e é claro, pautar o Aécio! O tempo nos dará essa resposta.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sobre a moça paulistana...

Quanto barulho a mocinha da terra da garoa conseguiu fazer com o seu twitter... é o preço da inconseqüência; afinal quem fala o que quer, ouve o que quer e também o que não quer. Todos nós sabemos que ela não está só, que não é um caso raro de xenofobia e que esse é de fato o pensamento de boa parte de nossa sociedade (ele só não costuma ser exteriorizado). Minha opinião é a seguinte: Preconceito se combate com informação!
Infelizmente somos todos muito mal informados, temos a mania de assimilar manchetes sem verificar sua veracidade, engolir o discurso dos formadores de opinião ser mastigar previamente o que disseram ou buscar alguém que pense de forma diferente para para analisarmos melhor o assunto.
Desse mal não sofrem somente os mais pobres! As nossas "elites" também sofrem dele! Pergunte a essa moça quantos livros ela lê por ano? Quais os seus autores preferidos? Que obra ela acredita que seja fundamental para que possamos entender a formação desse país chamado Brasil?
Quando os parâmetros utilizados para discutir as diferenças abissais entre os brasileiros são o poder de compra, o mercado de trabalho e principalmente a idéia que fazemos dos outros baseada numa suposta superioridade de nossa parte o resultado é esse: o mais puro e cruel preconceito. Essa gente que critica o Bolsa Família não compreende que o apoio dado àqueles é essencial na redução da migração, a única coisa que eles enxergam como problema. Me parece que não assistiram ao horário eleitoral gratuito, pois nele o candidato oficial da elite paulistana não só elogiava como afirmava que iria aumentar o valor pago pelo Bolsa Família e instituir a décima terceira parcela do benefício (se não foi isso que aconteceu eu devo estar ficando louco). E quem pagaria essa conta?
O que percebo é uma demonstração pública de preconceito. Talvez o Serra fizesse tudo o que prometeu e eles não iriam se importar muito (desde que pudessem continuar usufruindo de seu conforto), apenas se sentiriam melhor representados. E também vislumbrariam melhores possibilidades de serem ouvidos/atendidos em seus interesses, porque têm a nítida impressão (felizmente verdadeira) de que o atual governo tem priorizado ações voltadas para as classes mais pobres, e o Governo Dilma tende a se manter nesse rumo.
Enfim, não creio que o país esteja dividido. Acho que ele está passando por um momento crucial, onde será decidido se queremos um país que seja apenas de todos ou um país que seja PARA todos!

Encontro Pró-Capeira (RJ)

Foi muito bom estar lá... rever pessoas importantes na minha história, referências na minha formação, amigos, etc... bem, mas quero destacar principalmente o fato de que pela "primeira vez na história desse país" (valeu pelo jargão Presidente!) a Capoeira está sendo tratada como merece. Ser reconhecida como Patrimônio Histórico Nacional foi apenas o marco inicial. O Ministério da Cultura, através do IPHAN vem desenvolvendo políticas voltadas para a salvaguarda, a preservação e divulgação da Capoeira de uma forma inédita, e o que é mais importante: consultando a comunidade da Capoeira. Podemos criticar os meios utilizados para a definição dos nomes (eu que o diga...), mas isso decorre de uma característica inerente à própria Capoeira: a camuflagem. Estamos dispersos e passamos despercebidos no meio social e é claro que um órgão público terá dificuldades em assimilar esse modus operandi e se adaptar ao mesmo para alcançar sucesso nos seus objetivos, que claramente são também os nossos. Digo isso porque pude perceber que de fato há um efetivo respeito para com os capoeiras e sua história.
Bem, como já se passou uma semana, não há como relatar mais (na verdade ainda estou digerindo tudo o que aconteceu), porém, se bater alguma lembrança, alguma consideração, volto ao Pró-Capoeira...